sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Eis uma semana inteira para conhecermos melhor a nossa futura profissão...

Na semana passada fui surpreendido com a notícia que durante esta semana seria realizada a semana de jornalismo aqui na Universidade, sabia que ela existia, pois o professor Fábio comentou em sala de aula, mas não sabia que iria ocorrer tão rápido, já que não vi nenhuma divulgação falando das palestras.Apesar de chamar 8ª “semana” de Jornalismo, para nós alunos do período matutino no Campus Centro, ela aconteceu apenas em três dias, de terça a quinta-feira.Na terça-feira, a palestra foi com o assessor de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo Antonio Matielo. Os alunos do Campus Vila Olímpia compareceram em peso, lotando o pequeno auditório e para melhorar o ar condicionado estava quebrado.O começo da palestra foi um sufoco, um se abanando para lá, assoprando para cá, bebendo a pouca água que nos restava nas garrafinhas e o palestrante suando. Coitado de todos nós!Felizmente o problema foi resolvido e a palestra fluiu normalmente. O Sr. Matielo contando um pouco de carreira, onde já trabalhou e da atual função que exerce no Tribunal de Justiça.Gostei de seu depoimento sobre a postura da imprensa em grandes júris, como o Caso Richthofen e Pimenta Neves, toda a confusão das centenas de repórteres, câmeras, auxiliares e população em geral causam um tumulto na porta dos fóruns e ele tem que ter o jogo de cintura pra acomodar tanta imprensa em espaços tão pequenos, além de garantir a ordem e manter as regras do jogo, de não permitir filmagens, apesar de toda tecnologia e artimanhas dos produtores de TV.O palestrante também não fez demagogia nenhuma com relação à profissão do assessor, mostrou como é difícil tentar colocar na mídia algo impossível de se colocar, o jogo de cintura com os profissionais que buscam algo que ele não pode dizer e as situações cotidianas em geral, afinal ele já foi repórter e sabe como é o outro lado.No dia seguinte, na quarta-feira, o dia não foi tão produtivo devido aos famosos problemas técnicos.Um documentário que iria ser exibido travou logo no inicio, apesar das tentativas da professora, não foi possível assistirmos o vídeo.Mas um DVD do Jornal Nacional que foi passado não ficou nada atrás, duas excelentes matérias realizadas pelo repórter José Raimundo, de uma filial da Rede Globo no nordeste.Mostrou a caótica situação das nossas matas, o ritmo acelerado do desmatamento da mata atlântica e consecutivamente as conseqüências para os animais que ali habitam e para todos os seres vivos em geral.Mostrou escancaradamente a pouco caso que todos tratam esse assunto, pensando apenas no seu lucro com a venda de madeiras ou com o luxo de ter essas madeiras em casas, fazendas hotéis, etc.Um show de reportagem!Já no último dia, quinta-feira fomos até a Vila Olímpia, onde seria realizada uma palestra com o editor-chefe da revista National Geographic Brasil, além de colunista do jornal O Estado de São Paulo.Pensei que seria uma palestra sobre meio ambiente. Enganei-me, era um norte americano muito engraçado, que falou de tudo um pouco desde a sua chegada ao Brasil e a dificuldade de se aprender Português. Experiências em coberturas jornalísticas de Copa do Mundo, Olimpíadas, etc.E um sujeito que cativa devido a sua alegria, faz de tudo um pouco, mas tudo com amor, desde futebol e a revistas de videogames.Um exemplo de vida, de amor a profissão e força de vontade.A semana valeu muito apenas não só pelos temas abordados, mas principalmente pelos exemplos profissionais que tivemos.

O futuro do jornalismo

- Texto publicado em outro Blogg na data de: Sexta-feira, 14 de Setembro de 2007 -

Com o avanço da tecnologia, principalmente a popularização da internet, não é apenas o mito sobre o fim dos jornais de papel que causa discussões entre os profissionais da comunicação, mas também o risco da decadência da própria profissão. O dia de amanhã é incerto para os profissionais da comunicação. Na medicina, certamente o mundo continuará precisando de médicos, assim como vamos continuar precisando de educadores bem preparados. Já no jornalismo, isso não é regra: qualquer pessoa pode reportar e passar uma informação. Até mesmo o registro de jornalista profissional pode ser obtido em determinadas condições. Para muitos, uma desmoralização da profissão. Não é só o fim do jornal em mãos que toma conta das discussões. Mas também a necessidade de critérios no exercício da profissão.

Postado por Filipe Granado e Deborah Heder na sexta-feira 14 de Setembro